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quinta-feira, 7 de julho de 2022

Fé e razão em equilíbrio

A partir da Hascalá, o Iluminismo Judaico, no final do século XVIII, estudiosos do judaísmo, em particular no mundo judaico liberal, passaram a buscar a racionalidade nas práticas religiosas e se afastar das explicações místicas, considerando-as supersticiosas ou baseadas em crendices. Este fenômeno atingiu seu ápice na metade do século passado, quando até mesmo o estudo de fontes místicas nos seminários rabínicos liberais não era visto com bons olhos. O rabino Abraham Joshua Heschel, cujos livros continuam nos inspirando e orientando décadas depois de sua morte, era um dos que insistia em ensinar estes textos apesar da resistência e dos olhares feios. Nos anos em que ele ensinou no JTS, a escola rabínica vinculada ao movimento Conservador em Nova York, ele tinha um pequeno grupo de alunos com quem estudava os textos chassídicos, cheios de mitologias e de perspectivas sobre as dinâmicas Divinas. Antes vistos como “estranhos”, estes discípulos de Heschel acabaram se tornando os grandes teólogos da geração seguinte. O rabino Art Green, com quem eu estudei, era um destes desbravadores que ousaram desafiar a perspectiva do que era o “judaísmo apropriado.” Além de Heschel, Martin Buber (que publicou contos sobre o mundo chassídico, cheios de perspectivas místicas) e Gershom Scholem (que estudou academicamente o misticismo judaico) ajudaram a resgatar perspectivas menos racionais às práticas judaicas.

A parashá desta semana, Chucat, tem uma destas passagens que será bem difícil explicar para quem busca explicação racional para tudo que está na Torá. O texto nos diz que o contato com um cadáver torna uma pessoa ritualmente impura e que a forma de recuperar a santidade ritual é através das cinzas de uma vaca vermelha sem qualquer defeito que havia sido abatida e queimada de acordo com o processo detalhado no texto.

Muito antes da Hascalá, este ritual já atraía a curiosidade dos comentaristas. Rabi Iochanan ben Zacai, que liderava o Sanhedrin na época da destruição do Segundo Templo, disse aos seus alunos que não havia qualquer explicação racional para ele, uma explicação (ou falta dela) compartilhada por vários outros sábios do Talmud e do Midrash. De acordo com outros comentaristas, entre eles Nachmanides e Nechama Leibowitz, o ritual pode não ter explicação racional, mas sua utilidade está em deixar claro para os judeus que a proximidade com cadáveres não é bem vista, em particular tendo em vista práticas de outras religiões nas quais estes corpos são adorados.

Há momentos em que o racionalismo judaico nos serve muito bem e outros nos quais precisamos reconhecer que não temos controle sobre tudo e que alguns assuntos ficam melhor se não forem explicados completamente. Práticas relacionadas à morte, em particular, exercem um fascínio sobre nós. Mesmo pessoas que têm pouquíssima afinidade com a religião buscam práticas religiosas quando falece alguém muito próximo e têm dúvidas sobre o que acontece quando alguém morre. Quando estas perguntas são feitas a mim, costumo dizer que há inúmeras respostas judaicas diferentes sobre o que acontece depois da morte e que o que cada um de nós acredita é resultado tanto do que o judaísmo tem a ensinar quanto da fé. Não devemos ter vergonha em reconhecer que algumas crenças não tem base racional e que são fundamentadas unicamente na fé.

Que consigamos encontrar o equilíbrio e construir juntos perspectivas judaicas que permitam que mantenhamos nosso intelecto ativo quando tratamos de temas religiosos ao mesmo tempo em que deixa espaço para a fé em nossa vida interior.


Shabat Shalom!


sexta-feira, 3 de julho de 2020

Dvar Torá: Passos concretos em direção à Redenção (CIP)

Sabe quando você faz planos e só na hora de colocá-los em prática se dá conta de que o teu planejamento não levou em conta nem metade das complicações que poderiam aparecer?

Comigo, aconteceu um exemplo disso há quase quinze anos. Uma amiga tinha encomendado a um marceneiro uma cama em formato de carro para o seu filho quando ele era pequeno, com para brisa, espelho retrovisor, direção e até placa com o nome do menino. Agora, que a criança tinha virado um adolescente e não queria mais dormir dentro do carro, a amiga procurava um novo lar para a cama. Na mesma época, estava na hora do meu sobrinho trocar de cama e acabamos ficando com a cama do filho da amiga e pedido ao mesmo marceneiro que a reformasse antes de mandarmos ao nosso sobrinho. Poucos dias depois de ele ter recolhido a cama, ele nos liga: toda a madeira estava comprometida com cupim; só dava pra aproveitar as partes de plástico! Já tendo assumido o compromisso com o sobrinho, pedimos que ele fizesse uma cama nova, seguindo o projeto que ele mesmo tinha feito anos antes e o resultado ficou absolutamente magnífico — mas deu muito mais trabalho do que originalmente imaginado!

Uma coisa parecida aconteceu aqui na CIP. Nossos sidurim de Shabat estavam ficando velhos, as capas descolando, fascículos soltando… era raro encontrar um exemplar que estivesse inteiro. Decidimos fazer uma nova impressão e para isso lançamos uma campanha pedindo doações. Faríamos pequenas mudanças, correção de erros que tinham sido identificado ao longo dos anos, atualização de algumas partes da reza para se adequar a mudanças de que tinham acontecido na CIP ao longo dos mais de 20 anos desde a primeira impressão. A comunidade respondeu prontamente, buscando homenagear seus entes queridos nas páginas do sidur e as doações começaram a chegar. O problema aconteceu quando fomos buscar os arquivos para fazer as atualizações, descobrimos que só tínhamos os fotolitos, resquício de outra época tecnológica e que não permitia nenhuma alteração. Para quem doou e está surpreso que o sidur ainda não está pronto, este é o motivo: assim como a cama em formato de carro, o sidur teve que ser completamente refeito.

A boa notícia é que recebemos há algumas semanas as provas finais, que estamos revendo minuciosamente par que o sidur possa ficar pronto o mais breve possível. Como eu disse, além da re-impressão, teremos a atualização de algumas passagens e a inclusão de trechos do serviço.

A mudança da liturgia, que muitas vezes se torna muito mais polêmica do que precisaria ser, é — ao contrário do que muitos podem pensar — um ato de profundo respeito pela seriedade da reza. Conheço gente (incluindo gente que eu respeito profundamente, incluindo alguns dos meus professores no seminário rabínico) que afirma nas suas rezas o exato oposto daquilo em que realmente acredita. Quando confrontadas, estas pessoas dizem “mas estas são apenas as palavras da reza, ninguém acredita nelas”. Em resposta a esta postura, o rabino Mordechai Kaplan, um dos mais influentes pensadores do judaísmo plural do século XX, é famoso por ter dito “We must mean what we say when we pray”, “nós precisamos querer dizer o que dizemos quando rezamos”. Para aqueles que, como eu, acreditam no poder transformador da tfilá, é difícil entender como repetir diariamente palavras em que não acreditamos possa ser considerada uma forma de honrar a tradição.

Uma das mudanças na nova impressão do sidur tem a ver com uma linha da Amidá, a Grande Oração.  Se vocês virarem para as páginas 31 e 32 do sidur, as últimas linhas dizem המביא גואל לבני בניהם למען שמו באהבה, que literalmente está agradecendo a Deus “por trazer um redentor aos filhos dos seus filhos pelo Seu nome, com amor”. Tudo muito lindo, não fosse o fato de que boa parte dos judeus liberais não acreditam na vinda de um redentor, uma pessoa que irá, através da sua ação pessoal, transformar toda a nossa realidade. Esse conceito, na opinião de muitos — entre os quais eu me incluo — corre o risco de dar origens a líderes carismáticos e populistas, que desdenham das instituições e acreditam que eles, e somente eles, são capazes de fazer as transformações necessárias. 

Já há muitas décadas que muitos sidurim liberais, nos movimentos reformista, conservador e reconstrucionista, substituíram o termo “גואל”, “redentor” por “גאולה”, “redenção”. Acreditamos que o arco da história tem o potencial de nos levar a um mundo mais justo, mais equilibrado, mais humano — mas esta construção depende do esforço de cada um de nós.

Na primeira das duas parashiot desta semana, “Chucat”, Miriam morre em Kadêsh. A frase seguinte na Torá nos conta que o povo não tinha água — um midrash liga estes dois eventos e nos conta que havia uma pedra da qual jorrava água e que seguia Miriam pelo deserto. Era assim que o povo se mantinha hidratado enquanto Miriam estava viva; quando ela faleceu, parou de jorrar água da pedra.

Nesta nova impressão do sidur, adicionamos uma música por Miriam ao final da havdalá, a cerimônia com que encerramos o shabat [1]: 

מִרְיָם הַנְּבִיאָה עֹז וְזִמְרָה בְּיָדָהּ

מִרְיָם תִּרְקוֹד אִתָּנוּ לְהַגְדִּיל זִמְרַת עוֹלָם

מִרְיָם תִּרְקוֹד אִתָּנוּ לְתַקֵּן אֶת-הָעוֹלָם.

בִּמְהֵרָה בְיָמֵינוּ הִיא תָּבִיאֵנוּ אֶל מֵי הַיְשׁוּעָה.


Miriam, a profetiza, força e música na sua mão. 

Miriam, dance conosco para aumentar a música do mundo. 

Miriam, dance conosco para consertar o mundo. 

Em breve, ainda nos nossos dias, elas nos guiará para as águas da Redenção.

Ela vem logo depois da música por Eliahu haNaví, o profeta Eliahu, que, de acordo com uma tradição, virá em um Sábado à noite anunciar a chegada da Redenção. Eu gosto de pensar que cantamos por Eliahu haNaví no sábado à noite para lembrarmos que o descanso terminou e precisamos voltar a trabalhar para garantirmos que caminhemos em direção à Redenção.

Mas esse é um trabalho intenso, para o qual nem sempre conseguimos enxergar os resultados. É um fenômeno conhecido que ativistas por mudanças estruturais muitas vezes esgotam suas forças e abandonam seus projetos antes que eles dêem resultado. Por isso, clamamos a Miriam e por seu poço de água para garantirem que estejamos sempre nutridos pelo carinho da sua liderança, pela doçura da sua voz e da sua dança, e acima de tudo pela clareza da sua visão.

E o que devemos fazer para chegar a este caminho da Redenção, vocês podem perguntar… O lindo da tradição judaica é que ela nos dá este mapa de ação todo dia de manhã. Quem tiver o sidur Shabat Shalom físico em mãos pode abrir nas páginas 101 e 102, as Bençãos da Manhã que repetimos todo dia, que nos ensinam como um mundo redimido deve ser:   um mundo que reconheça a dignidade de todo ser humano criado à imagem de Deus; um mundo em que todos possamos praticar nossa fé religiosa sem opressão; um mundo em que sejamos todos livres; um mundo em que ajudemos todas as pessoas a superar as suas deficiências; um mundo em que ninguém passe frio ou more nas ruas das nossas cidades; um mundo que dê fim às guerras e seus prisioneiros; um mundo em que respeitemos a natureza e vivamos com ela em harmonia; um mundo em que não nos sintamos tão desorientados; um mundo em que todos tenham suas necessidades básicas atendidas; um mundo em que Deus nos dá força para caminhar nesta direção.

Que neste shabat, consigamos respirar fundo, recarregar as baterias do corpo e da alma, viver por 25 horas como se o mundo fosse perfeito. E que ao final do shabat, animados pela perspectiva da Redenção trazida pelo profeta Eliahu e nutridos pelas águas do poço de Miriam, comecemos a trabalhar para transformar o sonho de Redenção em realidade.

[1] https://www.ritualwell.org/sites/default/files/imce_uploads/image.2005-07-22.3940936502.mp3


sexta-feira, 12 de julho de 2019

Dvar Torá: Procurando uma vaca vermelha para os moradores de rua de São Paulo (CIP)

Em 2004, um projeto de consultoria me levou para Johanesburgo, na África do Sul, onde eu trabalhei por 3 meses. Um dia, voltando do almoço, um morador de rua com um cartaz no pescoço se posicionou sobre a faixa de segurança quando o sinal estava fechado, esperando os carros se aproximarem. Eu fiz como sempre fazemos em São Paulo: me aproximei mas parei de avançar quando o carro estava a uns cinco metros daquele homem.

Meu ato o ofendeu intensamente. O sujeito se postou bem na frente do meu carro (respeitando os cinco metros que eu tinha deixado) e, acenando com as mãos, indicou que ele exigia que eu me aproximasse. Constrangindo e sem saber o que fazer, avancei o carro até chegar à linha da faixa de segurança. Com sua dignidade re-estabelecida, o morador de rua continuou com sua rotina, sem se importar comigo.

Esta cena me marcou profundamente. Através dela, pude reconhecer a forma desumanizadora com que nos relacionamentos com alguns segmentos da população, especialmente os mais vulneráveis: os moradores de rua, pessoas que sofrem de questões de saúde mental, aqueles que se ocupam dos empregos com menor remuneração e status social.

Esta semana, por acaso, piscou nas minhas mídias sociais um artigo entitulado "Making Eye Contact with Homeless People Is Important", ou "Estabelecer contato visual com moradores de rua é importante". Nele, a autora, Kayla Robbins, faz o seguinte comentário:

É difícil imaginar que não se envolver com uma pessoa nas ruas esteja causando algum dano real. Afinal, você passa muitas pessoas que não são sem-teto todos os dias com as quais você também não reconhece ou faz contato visual.
Certamente isso é exagerado, certo?
Bom, sim e não.
Você está certo de que há pouco ou nenhum mal em uma única pessoa ignorando uma pessoa sem-teto tentando interagir com ela. Pode ser rude, mas não vai fazer ou quebrar o dia de ninguém.
Mas a questão é que nunca é apenas uma pessoa.
Você não pode realmente se dar conta da escala do problema, a menos que você mesmo o experimente. A maioria das pessoas se comporta exatamente da mesma maneira, e o efeito é cumulativo.
Imagine um dia em que nenhum de seus colegas de trabalho olhasse para você, sua família te ignorasse quando você tentasse falar com eles e até mesmo estranhos na rua faziam de tudo para evitar você.
Como isso seria?
Agora imagine isso acontecendo todos os dias.
Depois de um tempo, os sem-teto que estão sujeitos a esse tratamento começam a se sentir como se fossem fantasmas observando o mundo, incapazes de participar plenamente dele. Se eles tentam iniciar conversas, suas palavras caem em ouvidos surdos. Eles são ignorados, desumanizados e invisíveis.
Imagine se a sensação daquela reunião em que você tentou participar e não conseguiu fosse o resumo da sua experiência cotidiana e diária. Sua existência sendo negada o tempo todo, sua voz calada; se as pessoas mudassem de lado da calçada para não passar perto de você, não respondessem quando você inicia a conversa. Eu não consigo nem começar a imaginar quão terrível é esta situação.
Também esta semana, um dos meus podcasts favoritos, o Foro de Teresina, destacou uma notícia da sua mantenedora, a revista Piauí, que indicava que 107.578 pessoas foram moradores de rua na cidade de São Paulo em algum momento durante 2018. Dos mais de 5.500 municípios do Brasil. só 290 tem população superior ao número de moradores de rua da cidade de São Paulo. Ou seja, se fosse um município, os moradores de rua estariam entre os 6% das maiores cidades do Brasil. E esta era a realidade do ano passado! Para quem, como eu, caminha pelas ruas da cidade, é inegável o aumento constante no número de moradores de rua: são famílias inteiras se escondendo do Sol, da chuva e do frio, tendo que lidar constantemente com pessoas que evitam estabelecer contato visual. Me dói e me envergonha confessar que eu, tampouco, olho nos olhos destes seres humanos, criados à imagem Divina. Da mesma forma que uma criança acredita que quando tapa os olhos o mundo ao seu redor desaparece, ao não olharmos para nos olhos dos moradores de rua, fingimos que eles não existem. Brincadeira de criança que, claro, não resolve nada – pelo contrário, desumaniza e aumenta o problema de milhares e milhares de paulistanos. 

No comecinho da parashá desta semana, somos instruídos sobre o ritual da pará adumá, a vaca vermelha cujas cinzas são usadas para um processo de purificação. A impureza ritual tratada na parashá é o contato com cadáveres, que exige um processo de purificação de sete dias que inclui o uso das cinzas da vaca vermelha. Nesta parashá também temos a morte de Miriam, que na leitura de algumas semanas atrás, sofreu de tsaraat e teve que ser separada da comunidade. Lemos estas passagens com desconforto, imaginando a alienação dos enfermos causada pelo seu total isolamento do resto da comunidade. A verdade, no entanto, é que Miriam volta à comunidade uma vez curada; a pessoa que teve contato com um morto pode voltar à comunidade depois de ter passado pelo seu processo de purificação. 

Como sociedade, que passos estamos tomando para re-integrar os moradores de rua da cidade de São Paulo ao nosso convívio? Que passos podemos tomar para re-estabelecer a sua humanidade, a sua dignidade, o respeito de cada um deles consigo próprio? Como comunidade judaica, temos a obrigação religiosa de nos preocupar permanentemente com os segmentos excluídos das nossas sociedades, por que um dia fomos nós os excluídos em Mitzrayim, a terra das águas e das perspectivas estreitas. 

O Rabino Marshal Meyer foi, provavelmente, o mais importante líder da comunidade judaica da america latina. Formado pelo Jewish Theological Seminary em Nova York em 1958 e se mudou para a Argentina no ano seguinte para se tornar o rabino assistente da CIRA, Congregación Israelita de la República Argentina. Em seus primeiros anos em Buenos Aires, fundou o primeiro Camp Ramá da América Latina e organizou o Seminário Rabínico Latinoamericano. Teve participação na luta pelos direitos humanos durante o regime militar e foi o único estrangeiro e o único judeu convidado a integrar a Comisión Nacional sobre la Desaparición de Personas. Em meados dos anos 80, Meyer voltou aos Estados Unidos, onde se tornou o rabino da comunidade B’nai Jeshurun. No pico da crise da AIDS, sua comunidade recebia os moradores de rua uma vez por semana. De acordo com as orientações do rabino, eles eram recebidos em mesas com toalhas e flores às mesas, servidos em pratos de cerâmica e a comunidade se sentava com eles para acolhê-los e escutar suas histórias. Mais que comida, a sinagoga lhes oferecia de volta a humanidade que a vida na rua lhes havia tirado.

E aí? O que vamos fazer aqui, na São Paulo de 2019? Tenho conversado com várias pessoas sobre como, em comunidade, podemos dar respostas a estas questões. Se esta é uma conversa da qual você gostaria de participar, me dê um alô e vamos convcersar.