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sexta-feira, 2 de junho de 2023

Dvar Torá: O culpado pelo ciúme é o ciumento (CIP)


Outro dia, eu estava com a minha filha de 14 anos (quase 15!) na cozinha e ela me disse: “pai, quando eu tiver 18 anos eu vou escrever um livro sobre você, que vai chamar ‘Meu Pai, o Rabino.’” Segundo ela, aqui nas prédicas eu me apresento como uma pessoa séria, respeitada, e ela queria apresentar o outro lado do pai dela. Um desses lados sobre o qual minha filha queria escrever no livro é o fato de que eu, com uma frequência incrível, choro nas séries ou nos filmes que assistimos juntos. O curioso é que eu não acho que me apresente aqui tão sério, e, mesmo que de fato minhas relações pessoais, especialmente com meus filhos, incluam facetas da minha personalidade que eu não necessariamente revelo profissionalmente, já aconteceram algumas vezes de a minha voz embargar e eu ter que segurar o choro em várias das minhas prédicas.

Esses dias, entre lágrimas, eu assisti o último episódio da série Ted Lasso, que passa na Apple TV+. Essa série, sobre um treinador de futebol americano universitário contratado para treinar um time de futebol profissional na Premier League inglesa, foi um fenômeno global em termos de reconhecimento dos críticos e prêmios para os quais foi indicada e que efetivamente venceu. No entanto, como a plataforma Apple TV+ não é das mais populares por aqui, imagino que a grande maioria de vocês não a tenha assistido — mesmo assim, eu vou tentar não dar nenhum spoiler importante.

O que me atraiu na série foi a forma como ela vai na contramão de várias outras séries de sucesso. Em um mundo no qual o culto à personalidade é tão forte como no futebol profissional, ele tenta nadar contra a maré. Ted Lasso é o que, no linguajar judaico, chamaríamos de mensch. Além dele, ao longo das três temporadas da série, os demais personagens se transformam profundamente, na maioria dos casos, procurando ser pessoas melhores. No episódio final, um dos personagens que mais cresceu, reúne um grupo de amigos para dizer que, apesar de estar tentando se tornar uma pessoa melhor, ele está inconsolável frente à percepção de que ele continua sendo a mesma pessoa. “Mas você queria ser outra pessoa?!”, Ted lhe pergunta. “Sim, alguém melhor”, ele responde, emendando com a pergunta, “As pessoas podem mudar?”. Outro personagem responde: “eu não acho que mudemos, só aprendemos a aceitar quem sempre fomos”. Um terceiro personagem, que neste finalzinho da série está imerso em um processo de t'shuvá, de recohecimento dos seus erros, e tentando corrigi-los, diz: “eu acho que as pessoas podem mudar. Vocês sabem, às vezes para pior e às vezes para melhor.” Mais alguém entra na conversa, dizendo: “seres humanos nunca serão perfeitos. O melhor que podemos fazer é continuar pedindo ajuda e aceitando-a quando pudermos. E se você continuar fazendo isso, você sempre estará indo na direção de melhorar.”

Nesse momento, com os olhos vermelhos e o rosto molhado, eu fico pensando que eles têm razão. Não somos perfeitos e o máximo que podemos pedir é que, de maneira geral, estejamos caminhando na direção da melhora. Na tradição judaica, ou pelo menos na parte da tradição judaica pela qual eu me apaixonei, Deus tampouco é perfeito — são inúmeros os midrashim em que Deus se arrepende de algo que tenha feito. Há um midrash, por exemplo, de acordo com o qual Deus criou vários mundos antes do nosso, mas não ficou contente com o resultado, os destruiu e criou um novo. [1] Mesmo depois de estar com este mundo completo, Deus decide destrui-lo através do Dilúvio e, frente ao comportamento dos israelitas, propõe a Moshé mais de uma vez destruir todo o povo hebreu e começar de novo, só com Moshé.

Eu tinha um chefe que dizia que os erros da equipe não o incomodavam, desde que cada vez cometêssemos um erro novo. Segundo ele, nossos erros indicavam que estávamos tentando coisas novas, nos arriscando; algumas dessas tentativas dariam certo e outras, não. Se não fôssemos capazes de aprender dos nossos erros, no entanto, aí teríamos um problema. Nessa mesma linha de pensamento, quando a Fundação Kohelet criou um prêmio para a Educação Judaica, uma das 6 categorias foi “tomada de risco e fracasso” [2] — só não erra quem não toma riscos e mantermo-nos parados no mesmo lugar de sempre é a receita mais certeira para nos tornarmos irrelevantes muito em breve.

Essa forma de reconhecer e encarar nossa imperfeição e a intenção de caminharmos para frente pode ser aplicada também a coletivos, a sociedades e até mesmo à nossa tradição religiosa. Ter a coragem de reconhecer tanto os aspectos maravilhosos do judaísmo quanto as áreas nos quais ele nos frustra é o primeiro passo para sabermos para onde caminhar. Na parashá desta semana temos um exemplo de uma passagem problemática que nem sempre recebeu o olhar crítico que precisaria.

De acordo com a Torá, quando um marido tem ciúmes de sua esposa e teme que ela o tenha traído, ele deve levar a esposa ao sacerdote, que preparará uma mistura de água santificada e terra, na qual dissolverá a tinta com a qual escreveu um pergaminho com maldições caso as suspeitas ciumentas do marido sejam verdadeiras. A esposa deve, então, beber a mistura de água, terra e tinta. Se ela, de fato, tinha traído o marido “seu ventre se distenderá e sua coxa se enfraquecerá e a esposa se tornará uma maldição em meio ao seu povo.” [3] Por esta doutrina, caso não houvesse qualquer motivo para o ciúmes, ao beber a água com terra e tinta, a esposa não sofreria dos mesmos males. Neste caso, nem o marido, nem o sacerdote oferecem ao menos um pedido de desculpas por terem forçado-a a passar por este ritual.

A violência e a humilhação refletidas neste ritual devem chocar a todos. Lembremos que não existe na Bíblia qualquer procedimento semelhante para o marido que, estando casado com uma esposa, tem um relacionamento com outra pessoa. Na verdade, em tempos bíblicos, homens podiam casar-se com mais de uma esposa sem que isso fosse considerado traição do pacto nupcial.

Na literatura rabínica, ao perceberem adequar o ritual bíblico à realidade que eles conheciam de que a mágica não funcionava, os rabinos adicionaram um conceito de acordo com o qual mulheres que tinham mérito podiam ter as consequências por seus atos postergadas. [4] Ou seja: mesmo depois de sobreviver o ritual vexatório, ela ainda não era considerada inocente, mas podia ser que sua punição só tivesse sido retardada. Na Mishná, Rabi Shimón chega a alertar os outros rabinos de que “aquele que diz que o mérito atrasa a punição, enfraquece o poder da água frente a todas as mulheres que a bebem. Além disso, você difama as mulheres inocentes que a beberam, pois as pessoas dirão: ‘elas são impuras mas seu mérito atrasou a punição.’”  Apesar do aviso, rabi Iehudá haNassi, o redator da Mishná, decidiu manter esse conceito, dizendo que elas poderiam sobreviver, mas se tornariam estéreis e sua saúde deterioraria gradativamente. 

O ritual acabou sendo abolido, não por qualquer objeção moral a ele, mas porque o rabino Iochanán ben Zacái achou que, considerando o alto grau de infidelidade matrimonial no final do período do 2º Templo, não fazia mais sentido acusar ninguém deste pecado. [5]

Ao encontrarmos estes textos na nossa tradição, tanto a passagem bíblica como o tratamento que ele recebeu na Mishná, temos que denunciá-los, reafirmar que o ciúmes é uma doença do ciumento, que é ele que deve procurar ajuda e tratamento. Que a vítima do ciúmes nunca pode ser penalizada; ela deve ser acolhida e empoderada, encorajada a refletir se o relacionamento é saudável e se deseja continuar nele. Sempre vale destacar e divulgar o trabalho de prevenção da e resposta à violência doméstica desenvolvido pelo Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina da FISESP. Informe-se mais visitando o site elf.ong.br

Que nas nossas vidas pessoais e comunitárias, nos nossos textos e nas nossas tradições, possamos aceitar nossas próprias falhas e as dos outros, sem nunca deixar de procurar a melhoria constante.

Shabat Shalom!



 

[1] Bereshit Rabá 3:7 

[2] https://koheletprize.org/pd-category/risk-taking-failure/

[3] Num. 5:27

[4] Mishná Sotá 3:4-5

[5] Mishná Sotá 9:9


quinta-feira, 9 de junho de 2022

Por um Judaísmo sem castas

Em uma das passagens de que eu mais gosto na Mishná, o texto diz que o primeiro ser humano foi criado sozinho para que ninguém possa chegar a outra pessoa argumentando que seus antepassados são mais nobres que os do outro [1]. Afinal de contas, se formos realmente à raiz das nossas árvores genealógicas, perceberemos que todos descendemos da mesma pessoa! Este aspecto equalizador é bastante presente na tradição judaica e resultado direto de outro princípio da criação do ser humano: a ideia de que fomos criados à imagem de Deus. De acordo com o professor Nahum Sarna, em outras culturas era comum que os reis fossem vistos como criados à imagem Divina, mas o judaísmo inovou ao democratizar este aspecto, atribuindo-o não apenas aos reis, mas a toda a humanidade [2].

Em algumas passagens da Torá, por outro lado, não apenas a humanidade, mas também o povo de Israel é enxergado através de distinções de tribo, de origem e de status. Em particular, a tribo de Levi, à qual pertenciam Moshé, Aharón e Miriám, recebe um papel importante nas funções comunitárias. Enquanto o povo em geral passou por um censo para determinar quem eram os homens aptos a servir no exército, os Levitas passaram por um censo distinto e a eles foram atribuídas funções de proteção do Mishcán, o templo móvel que acompanhou os hebreus durante os 40 anos em que vagaram pelo deserto, e outras tarefas administrativas.

Entre os levitas, os descendentes de Aharón (os Cohanim) receberam funções sacerdotais hereditárias e ficaram responsáveis pela condução das funções religiosas. A dimensão religiosa de sua conduta fez com que também na condução de suas vidas privadas, os Cohanim fossem sujeitos a regras específicas: por exemplo, não poderiam casar-se com alguém que fosse divorciado nem poderiam entrar em contato com um cadáver. Na parashá desta semana, Deus instruiu Aharón e seus filhos a respeito de uma bênção especial ao povo, que ficou conhecida como “Bircat haCoahnim”, a "bênção sacerdotal” e que apenas os Cohanim poderiam pronunciar [3]. 

Há muitos séculos, desde a destruição do Segundo Templo e o desenvolvimento do Judaísmo Rabínico, a liderança religiosa do povo judeu não é mais atribuída aos Cohanim, nem é transmitida de forma hereditária. Há quase dois mil anos, nosso povo tem sido liderado por rabinos que se destacam pela sua erudição e espiritualidade, não necessariamente pela sua linhagem. Ao mesmo tempo em que perderam sua relevância sacerdotal, no entanto, os Cohanim mantiveram algumas regras no seu tratamento que, alguns (dentre os quais eu me incluo) acreditam, devem ser revistas.

Em uma tradição judaica que acredita que todos fomos criados à imagem Divina e somos dotados da mesma dignidade intrínseca, não há mais lugar para privilégios ou restrições baseadas apenas na família em que alguém nasceu. Por que os cohanim deveriam ser chamados antes que outros grupos para a leitura da Torá? E por que não poderiam acompanhar um grande amigo no enterro de seu pai? Não faz sentido, na minha opinião, que eles tenham suas oportunidades de união matrimonial limitadas apenas porque vêm de uma família com história sacerdotal.

Apesar de não ser Cohen, não me sinto constrangido quando canto Bircat haCohanim ao final de todo Cabalat Shabat e peço a Deus que abençoe e proteja toda a nossa comunidade. Pelo contrário, me sinto honrado pela possibilidade que recebo de participar com vocês nos momentos centrais de suas vidas, dos nascimentos aos enterros e de todos os dilemas contidos entre os dois e de transmitir, em cada um destes encontros, minha paixão por um judaísmo relevante para os tempos em que vivemos e em linha com nossos valores.

Shabat Shalom


sexta-feira, 21 de maio de 2021

Dvar Torá: Buscando e Sendo a Face de Deus (CIP)


Eu tenho uma aluna querida, que participa de vários programas que eu organizo aqui na CIP e que vive dizendo que eu faço jabá, aproveitando quando eu estou de plantão no shabat pra falar dos meus outros projetos aqui na CIP. Pensando em quem não conhece o termo técnico “jabá”, fui procurar em um dicionário informal online a explicação detalhada do termo. Confesso que esperava algo um tantinho mais carinhoso… Dizia lá no dicionário que “jabá” é: “Propaganda oportunista que se faz sobre algum produto ou serviço comercial de forma espontânea, mas em momento inadequado (o jabazeiro é sempre aquele ‘chato’). Há também o jabá pessoal, em que o indivíduo vende a própria imagem. Pessoas desesperadas por emprego ou simplesmente exibicionistas crônicas costumam valer-se desse tipo de jabá.” [1]

Desesperado por emprego, eu sei que não estou — muito feliz aqui na CIP, obrigado. Mas talvez eu seja mesmo “aquele ‘chato’” ou “simplesmente [um] exibicionista crônic[o]”. De qualquer jeito, vou aproveitar a chance pra mais um jabá, este retroativo… no Ticún da Virada, que aconteceu na noite de sábado para domingo passados, um pouquinho depois da meia noite, eu tive o prazer de conversar com duas boas amigas: a rabina Luciana Pajecki Lederman e a Laura Trachtenberg Houser, que apresenta o podcast 5.8 comigo. Falamos de como retomar a centralidade do texto na educação judaica e cada um de nós escolheu alguns textos para exemplificarmos a abordagem e o tipo de conversa que poderia ter origem ali. Eu trouxe uma das passagens que eu mais gosto de toda a Torá, uma que fala da intimidade entre Deus e Moshé. 

A passagem acontece um pouco depois do episódio do bezerro de ouro e da quebra das Tábuas, quase como uma oportunidade de reconciliação entre Deus e Moshé. O texto diz: “וְדִבֶּר ה׳ אֶל־מֹשֶׁה פָּנִים אֶל־פָּנִים כַּאֲשֶׁר יְדַבֵּר אִישׁ אֶל־רֵעֵהוּ”, “E ה׳ falava com Moshé face-a-face, como uma pessoa conversa (ou deve conversar) ou a outra.” Eu gosto dessa passagem por vários motivos, ela fala da intimidade possível entre o Divino e o humano mas, mais do que isso, ela não deixa claro qual é a direção do exemplo, quem aprende com quem. Será que Deus está nos dando um exemplo de como devemos nos relacionar uns com os outros, face-a-face, ou será que Deus está aprendendo dos melhores exemplos que podemos dar, de quando nos relacionamos verdadeiramente com outras pessoas, olhando nos olhos, dedicando o tempo e a atenção para verdadeiramente escutarmos uns aos outros, vendo o Divino refletido na face do outro.

Na parashá desta semana, lemos sobre a Benção dos Cohanim [2], uma das bençãos mais famosas da tradição judaica, com que muitos abençoam seus filhos antes do jantar de shabat e com a qual muitas vezes encerramos o serviço de Cabalat Shabat aqui na CIP. Em português, a benção diz:  “Que Deus te abençoe e te proteja; Que Deus ilumine Sua face na tua direção e te traga graça; Que Deus vire Sua face na tua direção e te traga a mais completa Paz.” A intimidade com Deus, representada pelo contato com a Face Divina, antes restrita a Moshé, um profeta como nunca houve outro igual [3], agora se torna disponível para todos nós, até para o rabino chato ou exibicionista crônico…

Na conversa com a rabina Lú e com a Laura, eu trouxe alguns exemplos que mostravam como a literatura rabínica se incomodava com a corporalidade implícita na expressão face-a-face. Da forma indireta que caracteriza a literatura rabínica, na qual as mensagens mais importantes precisam ser, muitas vezes, vasculhadas nas entrelinhas, os rabinos procuravam tecnicalidades para explicar como a Torá, que nos apresenta um Deus onipresente e, por isso, sem um corpo definido, fala em um encontro face-a-face. Da mesma forma, poderíamos nos perguntar o que significa, na benção dos cohanim, propor que Deus vire Sua face na nossa direção e nos traga paz.

Emanuel Levinas, um filósofo judeu francês — sobre quem, por sinal, o rabino Ruben falou no shiur dele do Ticún da Virada — que escreveu sobre a ética do encontro com a face do outro, um encontro que, ao mesmo tempo, nos compele a reconhecer o outro como distinto e estabelece uma responsabilidade pelo outro em cada um. Para Levinas, a responsabilidade decorrente do encontro face-a-face independe de qualquer objetivo pragmático ou de interesses comuns. A face do outro grita “não me mate!” e demanda a atenção que a Torá atribui ao estrangeiro, ao órfão e à viúva. Exemplos dos segmentos oprimidos em qualquer sociedade, ironicamente eles representam as pessoas cujas faces nunca enxergamos, por quem andamos na rua fingindo que não os vemos.

Será que para as pessoas que fingimos que não vemos — e cada um sabe quem está nesta categoria pra vocês —, tudo o que resta é pedir para que Deus ilumine Sua face e lhes traga graça? Parece uma versão amarga do “Deus lhe pague”, que Deus tenha piedade de você e te traga um pouco de consolo na sua vida sofrida.

Eu já contei aqui da viagem que fiz a um vilarejo indígena no México com 18 outros alunos de rabinato em 2010. Naquela viagem, as bençãos da manhã passaram a me incomodar. Vivendo com pessoas que não tinham o que vestir nem forças para seguir, me parecia maldoso dizer מלביש ערומים, agradecer a Deus por vestir os desnudos; ou הנותן ליעף כח, que dá forças ao cansado. Pior ainda era dizer: שעשה לי כל צרכי, que fez para mim tudo do que eu necessito. Eu percebia um certo cinismo nestas afirmações.

Com o tempo, no entanto, eu fui fazendo as pazes com a liturgia e percebendo que muitas das rezas no nosso sidur, especialmente aquelas que agradecem a Deus por uma situação que ainda não foi criada, é uma convocação mais do que um agradecimento. Em particular, é uma convocação para as fagulhas divinas em nós mesmos para que nos movamos e arrumemos roupas para quem não tem, remédio para quem precisa. É uma convocação para que reconheçamos que Deus busca parceiros e que todo dia, ao acordarmos, a tradição judaica nos lembra do nosso papel para construirmos o mundo justo, acolhedor, fraterno, saudável e humano no qual queremos viver.

Hoje, ao nos lembrarmos do Ievarechechá, da Benção dos Cohanim, eu quero convidar cada um de vocês a pensar o que significa ser parceiro de Deus no processo de iluminar Sua face e iluminá-la na direção de quem é sempre ignorado, lhe trazendo graça; virar a face de Deus na direção de quem é sistematicamente humilhado e oprimido e garantir que essa pessoa tenha a mais completa Paz. Essa função é Divina; essa função é nossa!

Shabat Shalom!

[1] https://www.dicionarioinformal.com.br/jabá/
[2] Num. 6:24-26
[3] Deut. 34:10